Um cuidador é contratado para desenvolver um trabalho. Ele é um profissional e deverá ser tratado como tal. O cliente e o cuidador deverão entender qual o papel que cada um exerce durante o processo de cuidar, pensando sempre no bem-estar do assistido.

De um lado, uma pessoa em estado de demanda em situação de vulnerabilidade. De outro, alguém que dispõe de um saber, que pode agir estritamente em um papel técnico, de prestação de serviço, ou então, abrir-se oferecendo ouvidos atentos e acolhimento, em uma relação interpessoal, fortemente condicionada por sentimentos, transferências e contra-transferências.

Nessa relação a troca de carinho, amor e a até uma certa “intimidade” é inevitável mas é importante que o relacionamento do cuidador seja profissional. Sua função exige amor, paciência, empatia, acolhimento e outra características que um bom profissional deverá ter, mas lembrando sempre que está lá para dar segurança, e não se esquecer que o seu papel é unicamente profissional.

A família também tem seu papel nessa relação e não confundir o cuidador como um membro da “família” é muito importante. Sendo assim, o familiar deve ficar à mercê do profissional e cuidador a mercê do cliente.

A função do cliente é dar condições para que o profissional exerça suas atribuições. Tratá-lo com respeito, dignidade e dar espaço para que ele possa oferecer um bom atendimento.

A função do cuidador, como a palavra já define é cuidar, respeitando os limites de convivência e o ambiente de trabalho. Exercer seu trabalho com maestria, entender que a casa do cliente é o local de trabalho e não sua residência.

O relacionamento cliente e cuidador é muito próximo o que pode causar conflitos. O importante é sempre manter um diálogo aberto e franco entre as partes.

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